outubro 15, 2008

7 DE SETEMBRO

ESCOLA JOZIAS LEÃO REVERENCIA
O GRANDE POETA POPULAR PATATIVA DO ASSARÉ


Antônio Gonçalves da Silva, conhecido como Patativa do Assaré











Diretor Leal Nunes com alguns professores da escola






Vice-diretora Telma Fulaneti com professores que colaboraram com o desfile.


Professora Marussa Camargo




PATATIVA DO ASSARÉ, EM VERSO E CORDA,
O CANTO POPULAR DO BRASIL SERTANEJO

"Eu sou de uma terra que o povo padece.
Mas não esmorece e procura vencer.
Da terra querida, que a linda cabocla
De riso na boca zomba no sofrer
Não nego meu sangue, não nego meu nome.
Olho para a fome ,
Pergunto: que há ?
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da Peste, sou do Ceará."
(Patativa do Assaré, 5 de março de 1909 – 8 de julho de 2002)

O poeta popular, cantor, compositor e improvisador brasileiro, Antônio Gonçalves da Silva, conhecido em todo o Brasil como Patativa do Assaré, referência ao município que nasceu é o reverenciado pela escola Jozias Leão da Silva. Sua trajetória de vida é um exemplo para todas as gerações e sua poesia revela o que há de mais genuíno na literatura oral brasileira.
Segundo filho de uma família pobre que vivia da agricultura de subsistência, cedo ficou cego de um olho por causa de uma doença. Com a morte de seu pai, quando tinha oito anos de idade, passa a ajudar sua família no cultivo das terras. Aos doze anos, freqüenta a escola local por apenas alguns meses onde é alfabetizado. Mesmo antes disso já compunha versos próprios, que ele decorava. Aos dezesseis anos sua mãe vende uma ovelha e lhe dá sua primeira viola. À partir dessa época, começa a fazer repentes e a se apresentar em festas e ocasiões importantes.
Patativa do Assaré foi a voz não só do sertanejo nordestino e dos trabalhadores rurais; mas de todos os injustiçados, marginalisados e oprimidos. Sua poesia, embora enraizada no sertão nordestino, é ao mesmo tempo universal por representar o sentimento de uma classe social com a autenticidade de quem é ‘do povo’.
A escola, dessa forma, pretende levar ao público essa identidade sertaneja, representada pelos estudantes. As meninas representarão as mulheres guerreiras, que enfrentam a seca e a miséria com fé no dia seguinte. Os meninos representarão o homem sertanejo, que luta pelo sustento de sua família, buscando em novos caminhos um lugar mais próspero.